A catarata é a opacificação progressiva do cristalino, uma lente natural localizada dentro do olho. Ela faz parte do envelhecimento visual, mas o momento de operar não é definido apenas pela idade ou pelo exame, e sim pelo impacto funcional na vida do paciente.
Catarata não é só “grau”
Muitos pacientes escutam que “a catarata ainda está fraca” ou que “não chegou ao ponto”. Essa abordagem é incompleta. O que importa é:
- redução da qualidade visual
- dificuldade para dirigir, ler ou trabalhar
- ofuscamento excessivo
- perda de contraste
- interferência na avaliação de outras doenças oculares
A cirurgia passa a ser considerada quando a catarata limita a visão ou a qualidade de vida, mesmo que a opacidade ainda não pareça avançada ao exame.
Existe um momento ideal?
Não existe um momento universal. Existe o momento adequado para cada pessoa. Operar cedo demais pode não trazer benefício perceptível. Operar tarde demais pode dificultar o procedimento e prolongar limitações visuais desnecessárias.
A decisão correta surge da combinação entre:
- sintomas do paciente
- exame oftalmológico completo
- expectativa visual
- condições clínicas associadas
Cirurgia de catarata hoje
A cirurgia atual é segura, precisa e altamente planejada. Mas continua sendo uma cirurgia intraocular, com riscos que precisam ser explicados e compreendidos. O objetivo não é apenas “tirar a catarata”, mas restaurar visão com segurança e previsibilidade.
Em resumo
- Catarata não é indicação automática de cirurgia
- Sintoma funcional pesa mais que aparência do cristalino
- A decisão deve ser individual e bem explicada